Wednesday, April 11, 2007

Pico da Bandeira - Continuação

Sábado

Durante a noite, o frio foi intenso. A sorte foi que eu tinha um isolante térmico debaixo do saco de dormir, sem ele o frio seria praticamente insuportável.

O sábado foi um dia meio parado. Não deu para fazer muita coisa. Durante todo o dia caiu uma chuvinha chata, mas de vez enquando ela dava uma trégua. Durante essas tréguas eu aproveitava pra explorar um pouco a região. Não dava pra ir muito longe, mas deu pra ir a lugares legais, e descobrir umas trilhas escondidas. Devido a chuva também ninguém animou a voltar até o carro e pegar o resto da nossa comida, e de qualquer maneira não conseguiríamos subir com o carro até a Tronqueira. Mas apesar disso, conseguimos nos virar com a comida que tínhamos.

Durante minhas caminhadas solitárias, encontrei ótimos lugares para ficar observando a paisagem, e para pensar e/ou meditar. O lugar era realmente muito bonito.

A partir das 18h, a chuva começou e não parou mais por um bom tempo. Eu, Sarah e Thomas entramos na minha barraca e ficamos conversando lá por horas. Os nossos planos eram de acordar 2:30 da manhã do outro dia, e subir até o Pico da Bandeira para ver o Sol nascer. Pouco depois das 20h resolvemos dormir, para descansarmos para a subida da madrugada.

Domingo

00:30 - Acordo sentindo um pouco de frio. Fico um tempo acordado, e neste tempo percebo algo errado com meu joelho. Meu joelho esquerdo estava doendo um pouco, e parecia estar meio inchado. Fiquei preocupado com a situação, e com o grande esforço ao qual ele seria exposto, mas voltei a dormir logo depois.

2:00 - O despertador toca para começarmos a nos preparar para a subida. Meu joelho ainda doendo, e aparentemente continua inchado, por isso eu decido não subir. Seriam 4,5km de subida, e depois a a volta até o acampamento, e além disso mais de 10km de descida com uma mochila pesada nas costas que o exporia a condições extremas, pelo menos para o meu joelho não tão acostumado com tanto esforço. A Sarah e o Tomás sobem. Eu volto a dormir.

8:30 - Depois de suportar o frio extremo da noite, e de ter uma noite razoávelmente boa de sono, acordo. Meus companheiros ainda não voltaram. Depois de acordar resolvo dar umas voltas sozinho para pensar, e viajar na paisagem.

10:30 - Meus companheiros voltam, começamos a desarmar o acampamento, e preparamos um pequeno almoço. O camping já está praticamente vazio. A maioria dos outros campistas já havia descido. Conseguimos um pacote de pão de forma que havia sido abandonado por outro grupo, que resolveu se desfazer do resto da comida para não ter que levar peso de volta.

12:00 - Iniciamos a caminhada de volta. Somos os últimos a sair do acampamento. A caminhada foi mais tranquila e mais fácil do que na vinda, apesar do Sol intenso. E dessa vez foi possível ver toda a paisagem que não foi possível ver na noite da vinda.

Chegamos na Troqueira, e ali perto havia uma cachoeira. Resolvemos passar lá, e ficar um tempo, descansando. Logo depois voltamos ao nosso caminho, e começamos a descer até a entrada do Parque.

15:45 - Chegamos na entrada do Parque, pegamos o carro e começamos a viagem de volta até Ponte Nova para deixar o Tomaz, para depois seguir até Belo Horizonte.

18:30 - Chegamos em Ponte Nova. Indo em direção a rodoviária da cidade, a correia, que havia sido trocada dois dias antes, arrebenta novamente. Desta vez era domingo de Páscoa a noite. A Sarah aciona o seguro novamente, mas devido ao feriado, o guincho demora muito a chegar. Neste meio tempo, o Thomas vai para a rodoviária pegar seu ônibus para Viçosa.

20:00 - O guincho chega, e vamos em direção até Mariana. O seguro só da direito que o guincho leve o carro até um raio de 100km, o que só nos deixa em Mariana.

21:00 - Chegamos em Mariana. A Sarah resolve deixar seu carro num posto de gasolina, e pedir um taxi para a seguradora. A seguradora resolve mandar um taxi, mas sem hora para chegar. Ficamos esperando o taxi no posto.

23:00 - O taxista chega, e finalmente continuamos nossa viagem até Belo Horizonte novamente.

Segunda-feira

00:15 - O taxista deixa a Sarah em casa, e agora vamos em direção a minha casa. Quinze minutos depois eu chego em casa. E finalmente a aventura termina. Tomo um bom banho e caio na cama...

No final das contas, foi um ótimo feriado, apesar de todos os reveses. :)

1 comment:

Sarah said...

Quando vc voltar dos States a gente marca outra aventura....
Valeu demais hein Gustavo, a companhia foi ótima!
Bjão pra vc.